domingo, 27 de outubro de 2013

Diabetes Mellitus e atividade física



O diabetes mellitus (dm) é uma síndrome crônica decorrente da falta de insulina ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos metabólicos. Caracteriza-se pela presença de hiperglicemia e frequentemente por complicações crônicas microvasculares, macro vascular e neurológicas.

O diabetes mellitus é uma doença metabólica que causa um aumento do açúcar no sangue. Essa doença pode ficar silenciosa por muito tempo e pode trazer consequências trágicas para as pessoas que são acometidas por ela.

Pesquisa recente constatou que maior parte das pessoas que convivem com essa doença não sabe da gravidade de suas complicações se não optarem por um tratamento adequado.

A falta de informação ainda é um problema por grande parte da população brasileira. Se as informações forem passadas corretamente, as formas de prevenção e cuidados com certeza serão mais efetivas.

Existem dois tipos de diabetes Melitus: Tipo I e tipo II

O diabetes do tipo I se manifesta principalmente em crianças e adolescentes. Nesse caso ocorre uma destruição das células Beta do pâncreas por reações autoimunes, acarretando uma deficiência na produção de insulina causando uma baixa produção ou nenhuma produção de insulina. Neste caso o paciente é insulinodependente, precisa de injeções diárias de insulina. 
 Os principais sintomas do diabetes tipo I são: vontade de urinar diversas vezes, fome frequente, sede constante, perda de peso, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudanças de humor, náusea e vômito.


No diabetes tipo II, ocorre uma resistência a insulina pelo corpo que não a utiliza corretamente. Pode ocorrer também de o paciente não produzir insulina suficiente para atender as demandas do seu corpo.
Principais sintomas do diabetes tipo 2: infecções frequentes, alteração visual (visão embaçada), dificuldade na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e furúnculos.

O tratamento correto do diabetes significa manter uma vida saudável com atividade física orientada e uma dieta adequada e o controle da glicemia, a fim de evitar possíveis complicações da doença.

 A prática regular de exercícios físicos aumenta a resistência aeróbica e de hdl-c, facilita a diminuição do peso corporal nos obesos e a “queima” de glicose na atividade muscular, aumenta a ação dos fármacos, diminui o risco de dcv e a dosagem de insulina, melhora o fluxo de sangue nas extremidades evitando amputações (principalmente em mmii) e regula a pressão arterial, evitando ave;

 
 Os exercícios aeróbicos devem ser do tipo que não imponha grande stress ortopédico, além de utilização de calçados e meia adequados, realizados em uma frequência de 3x/semana com duração de 30 a 60 minutos.

 Os exercícios neuromusculares devem ter duração média de 40 a 50 min/dia, com frequência de 2 a 3 vezes/semana, com intensidade: 60–75% 1-rm e de 10 a 15 repetições.

O treinamento de força (musculação) ,é contraindicado para portadores de retinopatia diabética. Deve se evitar componente isométrico prolongado e manter a respiração livre.


COMPLICAÇÕES POSSÍVEIS DO DIABETES

Retinopatia diabética


Todas as estruturas do olho podem ser afetadas pelo diabetes mellitus. Existem manifestações que se originam no sistema nervoso central (neurite do trigêmio, lesões compreensivas da via ótica etc.). O hábito de fumar, a hipertensão arterial e as dislipidemias são condições associadas com frequência e que trazem o risco de morbidade ocular. A única prevenção primária eficaz é o controle da glicemia.
 
 
Arteriosclerose

 
 
Endurecimento e espessamento da parede das artérias

 
 
Nefropatia diabética


 

Os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando sintomas, como:

Sintomas somáticos: alterações da sensibilidade distal e comprometimento motor dos membros, geralmente inferiores.

Sintomas autonômicos: tonturas ao levantar, queixas esôfago-gastrintestinais

(vômitos, diarreia, incontinência fecal,etc.),
sudorese às refeições, impotência sexual, retenção e infecções urinárias de repetição.


Pé diabético


 

Lesões dos pés de pacientes diabéticos que ocorrem em consequência de neuropatia (90% dos casos), doença vascular periférica e deformidades. Ocorrem mediante trauma, são complicadas por infecção e podem terminar em amputação quando não for instituído tratamento precoce e adequado.

Infarto do miocárdio e AVC


Ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. A incidência desse problema é de duas a quatro vezes maior em pessoas com diabetes.
 
Infecções

 
 
O excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o risco da pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate a vírus, bactérias etc.) ficam menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de açúcar no sangue é propício para que fungos e bactérias se proliferem em áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e local de incisão cirúrgica.

Hipertensão

 A hipertensão arterial (has) afeta 20% da população geral e 50% da população diabética. A associação de has e dm aumenta drasticamente o risco de morbidade e mortalidade cardiovascular. O tratamento efetivo de há reduz a mortalidade cardiovascular em pacientes com hipertensão essencial. Embora não existam estudos na população diabética, assume-se que os mesmos benefícios do tratamento anti-hipertensivo se estendam a esta população.

A prevenção do DM implica na prática de um conjunto de ações para evitar o seu aparecimento ou a sua progressão, que devem ser revisadas periodicamente e adaptadas ao ambiente. Pacientes com história familiar de diabetes devem ser orientados a:

  • Manter o peso normal
  • Não fumar
  • Controlar a pressão arterial
  • Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas
  • Praticar atividade física regular.

 

 

 

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