O diabetes mellitus (dm) é uma síndrome crônica decorrente da falta de
insulina ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos
metabólicos. Caracteriza-se pela presença de hiperglicemia e frequentemente por
complicações crônicas microvasculares, macro vascular e neurológicas.
O diabetes mellitus é
uma doença metabólica que causa um aumento do açúcar no sangue. Essa doença
pode ficar silenciosa por muito tempo e pode trazer consequências trágicas para
as pessoas que são acometidas por ela.
Pesquisa recente
constatou que maior parte das pessoas que convivem com essa doença não sabe da
gravidade de suas complicações se não optarem por um tratamento adequado.
A falta de informação
ainda é um problema por grande parte da população brasileira. Se as informações
forem passadas corretamente, as formas de prevenção e cuidados com certeza serão
mais efetivas.
Existem dois tipos de
diabetes Melitus: Tipo I e tipo II
O diabetes do tipo I
se manifesta principalmente em crianças e adolescentes. Nesse caso ocorre uma
destruição das células Beta do pâncreas por reações autoimunes, acarretando uma
deficiência na produção de insulina causando uma baixa produção ou nenhuma
produção de insulina. Neste caso o paciente é insulinodependente, precisa de
injeções diárias de insulina.
Os principais sintomas do diabetes tipo I são: vontade de urinar diversas vezes, fome frequente, sede constante, perda de peso, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudanças de humor, náusea e vômito.
No diabetes tipo II,
ocorre uma resistência a insulina pelo corpo que não a utiliza corretamente.
Pode ocorrer também de o paciente não produzir insulina suficiente para atender
as demandas do seu corpo.
Principais
sintomas do diabetes tipo 2: infecções frequentes, alteração
visual (visão embaçada), dificuldade
na cicatrização de feridas, formigamento
nos pés e furúnculos.
O tratamento correto do diabetes
significa manter uma vida saudável com atividade física orientada e uma dieta
adequada e o controle da glicemia, a fim de evitar possíveis complicações da
doença.
A prática regular de exercícios físicos aumenta a resistência aeróbica e de hdl-c, facilita a diminuição do peso
corporal nos obesos e a “queima” de glicose
na atividade muscular, aumenta a ação dos fármacos, diminui o risco
de dcv e a dosagem de insulina, melhora
o fluxo de sangue nas extremidades evitando amputações (principalmente em mmii)
e regula a pressão arterial, evitando ave;
Os exercícios aeróbicos devem ser do tipo que não imponha grande stress ortopédico,
além de utilização de calçados e meia adequados, realizados em uma frequência de
3x/semana com duração de 30 a 60 minutos.
Os exercícios neuromusculares
devem ter duração média de 40 a 50 min/dia, com frequência de 2 a 3 vezes/semana, com intensidade: 60–75% 1-rm e de
10 a 15 repetições.
O treinamento de
força (musculação) ,é contraindicado
para portadores de retinopatia diabética. Deve se evitar componente isométrico
prolongado e manter a respiração
livre.
COMPLICAÇÕES
POSSÍVEIS DO DIABETES
Retinopatia
diabética
Todas as estruturas do olho podem ser afetadas
pelo diabetes mellitus. Existem manifestações que se originam no sistema nervoso
central (neurite do trigêmio, lesões compreensivas da via ótica etc.). O hábito
de fumar, a hipertensão arterial e as dislipidemias são condições associadas
com frequência e que trazem o risco de morbidade ocular. A única prevenção
primária eficaz é o controle da glicemia.
Arteriosclerose
Endurecimento e espessamento da parede das artérias
Nefropatia diabética
Os nervos ficam
incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando sintomas,
como:
Sintomas somáticos: alterações da sensibilidade distal e comprometimento
motor dos membros, geralmente inferiores.
Sintomas autonômicos: tonturas ao levantar,
queixas esôfago-gastrintestinais
(vômitos, diarreia, incontinência fecal,etc.),
sudorese às refeições, impotência sexual, retenção e infecções urinárias
de repetição.
Pé
diabético
Lesões dos pés de pacientes diabéticos que ocorrem em consequência de
neuropatia (90% dos casos), doença vascular periférica e deformidades. Ocorrem
mediante trauma, são complicadas por infecção e podem terminar em amputação
quando não for instituído tratamento precoce e adequado.
Infarto do miocárdio e AVC
Ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são
afetados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração
e o cérebro. A incidência desse problema é de duas a quatro vezes maior em
pessoas com diabetes.
Infecções
O excesso de glicose pode causar danos ao sistema
imunológico, aumentando o risco da pessoa com diabetes contrair algum tipo de
infecção. Isso ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate a
vírus, bactérias etc.) ficam menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de
açúcar no sangue é propício para que fungos e bactérias se proliferem em áreas
como boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e local de incisão cirúrgica.
Hipertensão
A hipertensão arterial (has) afeta
20% da população geral e 50% da população diabética. A associação de has e dm
aumenta drasticamente o risco de morbidade e mortalidade cardiovascular. O
tratamento efetivo de há reduz a mortalidade cardiovascular em pacientes com
hipertensão essencial. Embora não existam estudos na população diabética,
assume-se que os mesmos benefícios do tratamento anti-hipertensivo se estendam
a esta população.
A prevenção do DM implica na prática de um conjunto de ações para evitar
o seu aparecimento ou a sua progressão, que devem ser revisadas periodicamente
e adaptadas ao ambiente. Pacientes
com história familiar de diabetes devem ser orientados a:
- Manter o peso normal
- Não fumar
- Controlar a pressão arterial
- Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas
- Praticar atividade física regular.
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