Possíveis causas da obesidade:
A obesidade é um mal crescente que atinge nossa população atual. Suas possíveis causas podem ser por problemas genéticos e ambientais.
Nos últimos anos a obesidade em todas as faixas etárias e, particularmente, a
obesidade infantil, tem aumentado de incidência em várias partes do mundo e
nosso país não tem sido imune a este aumento.
Tem se atribuído ao sedentarismo e à mudança de hábitos alimentares, introduzindo-se alimentos hipercalóricos, ricos em lipídeos e carboidratos, nos
cardápios diários, a causa básica da obesidade.
Como a obesidade pode provocar alterações metabólicas múltiplas que contribuem para doenças cardiovasculares (coronariopatias, hipertensão arterial, trombose venosa), diabetes mellitus, dislipidemias, afecções pulmonares, renais, biliares e certos tipos de neoplasias, dentre outras, podemos dizer que esta condição clínica caminha para ser a mais importante causa de doença crônica do mundo.
Causas genéticas: A leptina é um hormônio que age no Sistema Nervoso Central, em particular no hipotálamo, inibindo o consumo alimentar em longo prazo e estimulando o gasto energético.
A leptina, produzida no tecido adiposo, exerce efeito inibitório na insulina, estimula a capitação da glicose e aumenta a lipólise. No músculo esquelético, aumenta a capacitação da glicose, a síntese do glicogênio e da oxidação dos ácidos graxos na presença da leptina. A secreção da insulina parece ser modulada pela leptina. Por outro lado, insulina estimula a produção de leptina nos adipócitos, indicando a existência de um “eixo adipoinsulinar”. Tem
sido bem demonstrado que a secreção da leptina é diretamente proporcional ao tamanho e número de adipócitos e que a expressão do gene ob RNAm é estimulada pela insulina. A fome suprime a expressão do gene ob RNAm e a realimentação reverte isto.
Fatores ambientais como psicológicos, alimentares e atividade física são os grandes precursores que contribuem para o acúmulo de peso.
Ansiedade, raiva, insegurança fruto da insatisfação com a aparência e também pela incapacidade de emagrecer, a discriminação não só entre amigos, mas principalmente por parte da família, gera uma pressão emocional muito grande para as pessoas obesas. A necessidade de esquecer esses e outros sentimentos de fracasso leva-os a desenvolver uma atitude de compensação, especificamente dentro da obesidade, ocorre uma compensação alimentar. De fato, a comida passa ser a principal fonte de prazer, o que infelizmente piora a situação, pois o ganho de peso agrava a instabilidade emocional, dando continuidade a esse ciclo.
Hábitos alimentares: O tempo é um dos grandes inimigos do prazer. Hoje somos levados para tudo que possa facilitar o trabalho na cozinha e do dia-a-dia. Os alimentos são comprados quase prontos para o consumo, os congelados, os pré-cozidos, os pré-temperados, os enlatados, sem falar nos fast food, que oferecem comida pronta e preparada em um tempo muito rápido, trocam o tradicional feijão com arroz, bife e saladas, pelas praticidades do mercado industrializado.
Atividade física: Pesquisas evidenciaram claramente que o sedentarismo está relacionado com a obesidade e é um dos fatores de risco mais prevalente na população brasileira (em torno de 70%) de acordo com Sandra Matsudo (1999).
O estilo de vida adotado de comportamentos sedentários: várias horas na frente da televisão, computador, vídeo games, falta de tempo por causa do trabalho entre outros, de acordo com pesquisa de Ishitani et al. (2006) mostram que a população atual gasta bem menos calorias por dia, do que gastava há 100 anos, o que explica o aparecimento de diversas doenças, problemas articulares, baixas produtividades na vida diária e o famoso stress que está relacionado a ausência do exercício físico regular.
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